O preço do dólar segue como o mais alto e nem sempre fica claro porque isso é prejudicial. Você entende essas flutuações de câmbio?
A verdade é que muitas vezes não fica tão claro o que há de errado com esses valores. E vai muito além do que apenas oscilações e burocracia.
Para te ajudar a saber melhor como isso afeta sua vida e empresa, confira o artigo a seguir!
Você já parou para pensar como o preço do dolar pode influenciar na minha vida? Ou quem ganha e quem perde com o preço do dólar?
O primeiro ponto é entender a perspectiva. Se você trabalha com insumos nacionais, exporta e recebe em dólar, nada errado. É bem possível que sua empresa tenha aumentado o faturamento. Isso é até comum em algumas áreas, mas longe de ser a maioria dos casos.
O que acontece é que muitos negócios importam matéria-prima, por exemplo. Dessa forma, com a alta, o preço disparou sem que houvesse um aumento real de custos. Imagine, por exemplo, peças de caminhão que dependam de uma borracha específica.
Mesmo que todo processo de produção permaneça o mesmo, os custos serão mais altos. E, portanto, será preciso repassar para o consumidor,
Da mesma forma, as taxas de importação e desembaraço aduaneiro podem aumentar. Assim, a tendência é de muitos produtos acabarem sofrendo uma alta de custos. Isso afeta até mesmo o setor alimentício.
O ano que passou foi inesperado em muitos aspectos. Ninguém imaginava que uma pandemia poderia acontecer de verdade. E isso transformou a economia de muitos países. No Brasil, disparada no aumento do preço do dólar foi um reflexo dessa fase.
Apesar dos números atuais — com dólar ficando em R$5,35 —, a expectativa é de que o ano não termine assim. Pelo menos é isso que indica o chamado Boletim Focus.
Divulgado pelo Banco Central em janeiro, o relatório demonstrou otimismo. Segundo o boletim, a previsão é de que a moeda chegue ao final do ano custando R$5. Dessa forma, existiria inclusive esperança de que possa baixar para a média dos R$4 em 2022.
Mas apesar da expectativa, não há qualquer indício real que embase o otimismo no momento.
Talvez você esteja achando R$5,35 bastante, mas lembra qual foi a maior alta até agora? Infelizmente, a moeda norte-americana chegou perto de bater os R$6.
Em meados de 2020, o custo ficou em R$5,972, assustando até os mais pessimistas.
Com a vacinação em andamento e a eleição de Joe Biden nos EUA, há a expectativa de que os números dessa alta não se repitam.
Em entrevista à revista Exame, o economista Alejandro Ortiz chegou a projetar um número ainda menor até o final do ano. “O presidente Biden deve induzir a um menor nível de aversão a risco global, o que favorece o desempenho de moedas emergentes, inclusive o real. O Biden é um estadista mais previsível [do que Donald Trump] e menos errático em algumas questões com a China”, declarou ele.
Para o especialista, é possível esperar que a moeda chegue até mesmo a R$4,90 até o fim do ano.
Dessa forma, pode ser que o custo de insumos e até de serviços possa se estabilizar ao longo dos meses. No entanto, vale dizer que é difícil cravar quando o dólar vai cair novamente.
Nem sempre é possível prever o que vai acontecer. No entanto, muitas previsão econômicas podem ajudar a te dar um direcionamento. Para sua empresa, o ideal é sempre ter planejado:
Na prática, isso significa analisar não apenas o preço do dólar, mas também considerar todo o processo interno. Número de funcionários, insumos, transportes, orçamento, faturamento, entre outros. Quanto mais controle das finanças, mais chance de não ser pego de surpresa por altas no dólar.
Até mesmo porque essas altas não costumam ser súbitas. Ainda que existam picos, na maioria das vezes é gradativo. Dessa forma, é possível antecipar pelo menos para adaptar metas de longo prazo.
Em resumo, o preço do dólar é ruim para empresas que negociam na moeda. Para quem exporta e recebe em dólar, se trata de algo bom. Contudo, a maioria depende mais de insumos internacionais mesmo e precisa se adaptar para lidar com esses aumentos de preço.
Mas e então, como é a com a sua empresa? Conta pra gente sobre como lidou com a crise ano passado!